O declínio da atividade ervateira através da Companhia Mate Laranjeira se deu a partir década de 1930, influenciado pela autossuficiência da Argentina na produção do produto e com isso não precisando mais importá-lo.
Em 1943 é dada a cartada final para a total extinção da Companhia Mate Laranjeira, com a criação da CAND (Colônia Agrícola Nacional de Dourados), que viria a ser implantada no ano seguinte. Através dessa política do Governo Vargas foi possível a abertura da fronteira agrícola para um grande contingente de migrantes, atraídos por essa política adotada pelo Estado, que visava modificar o papel desempenhado pelo sul do então estado de Mato Grosso, na divisão territorial do trabalho.
A Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND) foi criada então na preocupação do governo de povoar o país, com a intenção e de certa forma uma preocupação de se produzir mais, e concomitantemente assegurar a nacionalização das fronteiras , sendo assim, a origem da produção camponesa.
Desta forma, foi a partir de 1943 no governo de Getúlio Vargas, permitiu a recriação do camponês através da distribuição gratuita de lotes de 30 ha a colonos, com a chamada campanha “marcha para Oeste”.
Além da doação de terras o governo federal ofereceu também alguns subsídios para estimular a produção agrícola entre os colonos. A CAND fez com que a região atraísse um forte fluxo migratório por vários anos, principalmente da região Nordeste, isto graças à demora na demarcação da área destinada ao assentamento de trabalhadores rurais na região de Dourados, e a forte propaganda feita pelo Governo federal.
A seguir algumas algumas imagens que mostram além da abrangência da área algumas fotos da região na época da década de 1950. Já é possível notar claramente o desmatamento em uma das imagens e a presença de trabalhadores.
Essas fotos estão disponíveis no Cento de Documentação Regional (CDR) da UFGD. O CDR vem colecionando, desde então, material documental e bibliográfico referente, especificamente, aos estudos regionais. O CDR desstina-se, prioritariamente, a apoiar as atividades de ensino e pesquisa, em nível de graduação e pós-graduação, dos diversos cursos da FCH. Além disso, atende também a pesquisadores docentes e discentes de outras unidades da UFGD, bem como de outras instituições, e ao público interessado em geral.
O desmatamento se faz presente na região para se fazer o povoamento e a produção agrícola.
Na foto a seguir a presença de autoridades na região.
Uma noção de como era a paisagem da região na época da criação da CAND.
Um trabalhador em uma plantação de cana-de-açucar.
Uma foto de um dos primeiros casamentos realizados na nova colônia agrícola.
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